O Faturamento Real dos supermercados no Estado de São Paulo (deflacionado pelo IPS/FIPE) no conceito de mesmas lojas – que consideram as lojas em operação no tempo mínimo de 12 meses – registrou elevação de 1,93%, de janeiro a dezembro de 2014 em relação ao mesmo período de 2013. Em dezembro houve queda de 2,96% nas vendas em relação a dezembro de 2013, e em comparação com novembro de 2014 houve alta de 18,77%. Já no conceito de todas as lojas – que consideram todas as lojas criadas no período pesquisado – houve elevação em 2014 de 3,86%. Em dezembro houve queda de 1,56% em relação a dezembro de 2013, e alta de 19,13% em relação a novembro.
As vendas ao longo de 2014 apresentam variação positiva, mas vale ressaltar que o ritmo é de desaceleração desde meados de 2013, diante de uma inflação mais elevada e persistente que afetou o poder de compra da população, reduzindo o volume de compra das famílias nos supermercados. A renda e o emprego das famílias são os determinantes básicos para as vendas de alimentos no Brasil, portanto, diante de um ritmo mais moderado de geração de empregos aliado a um processo de redução da renda disponível que é corroída pela inflação, o reflexo é uma queda no consumo. Contudo, vale destacar que o setor supermercadista, mesmo diante de um cenário macroeconômico desfavorável continua crescendo acima de outras atividades econômicas e acima do PIB brasileiro.
O Faturamento real dos supermercados no estado de São Paulo (deflacionado pelo IPCA/IBGE) no acumulado de 2014 em relação ao mesmo período de 2013 apontou aumento de 1,41% no conceito de mesmas lojas. Em dezembro houve queda de 1,90% em relação a dezembro de 2013 e houve alta de 18,14% em relação a novembro. No conceito de todas lojas houve elevação de 3,34% de janeiro a dezembro em relação ao ano de 2013. Em dezembro houve queda de 0,48% em relação a dezembro de 2013 e houve elevação de 18,49% em relação a novembro.
O Faturamento nominal dos supermercados no estado de São Paulo no acumulado de janeiro a dezembro de 2014 em relação a 2013 teve alta de 7,79% no conceito de mesmas lojas. Em dezembro a alta foi de 4,39% em relação a dezembro de 2013 e houve elevação de 19,06% em relação a novembro. No conceito de todas lojas houve alta de 9,85% de janeiro a dezembro em relação a 2013. Em dezembro a alta foi de 5,90% em relação a dezembro de 2013 e houve alta de 19,42% em relação a novembro.
De modo geral, o desempenho do setor supermercadista em 2014 ficou muito abaixo dos resultados de anos anteriores. Em termos comparativos, o setor supermercadista teve crescimento real desde 2008 acima de 5% ao ano, sendo que de 2009 a 2011 o setor teve crescimento real acima de 7%. Portanto, um crescimento de 1,93% em 2014 aponta para uma forte desaceleração no desempenho do setor, diante da elevação da inflação de maneira mais expressiva que prejudicou o consumo das famílias ao longo do último ano. Um ponto de destaque é que mesmo diante de uma inflação elevada e diante de seu impacto no consumo das famílias, com consequente queda nas vendas, o setor conseguiu apresentar crescimento acima de outras atividades econômicas, contribuindo para a geração de emprego e renda na econômica brasileira. A expectativa para 2015 é de um crescimento muito próximo ao verificado em 2014, já que a inflação tende a permanecer em patamar elevado ao longo de 2015, e o emprego e a renda tendem a permanecer estáveis, sem grandes elevações. Portanto, será um ano de desafios e oportunidades para o setor supermercadista brasileiro.
Nota Metodológica: O Índice de Vendas dos Supermercados tem como objetivo acompanhar e analisar o desempenho das vendas do setor supermercadista no estado de São Paulo através da evolução do faturamento dos Hipermercados e dos Supermercados. A pesquisa é composta por hipermercados e supermercados do estado de São Paulo, os quais possuem uma representatividade de 85% do setor supermercadista. Os indicadores são divulgados tanto em caráter de mesmas lojas (que consideram apenas lojas abertas há pelo menos um ano) e de todas lojas (que consideram todas as lojas criadas no período pesquisado). As análises dos resultados auxiliam os empresários do setor na tomada de decisão com relação a reabastecimento, investimentos, compras, estoque. E de maneira geral auxilia o mercado na análise de tendências, plano de negócios, potencialidades e inserção no mercado.
FONTE:http://www.portalapas.org.br/m5.asp?cod_noticia=16294&cod_pagina=1222&categoria=